Flor
Um envelope ela trazia numa mão, na outra mão, uma flor.
Em seu peito uma estranha alegria, saber o remetente
daquelas palavras; Queria, mas, quem seria?
Via-se no simples conteúdo, uma bela caligrafia,
Pedindo para ela caminhar mais um pouco, mais um pouco.
Aquela simples flor,
de suave perfume, enchia o ar de harmonia.
Tem certos gestos que levantam os ânimos,
o que parecia simples, tem maior significado, quando de repente
fica intenso o brilho do sol, ao bater nas folhas,
reflete na alma uma inexplicável euforia, que do nada, desanima.
Havia nela uma falta, que nada, nem ninguém preenchia.
Retirou do pensamento um senão,
eliminou um talvez ou qualquer ilusão,
Pensou um pouco,
desistiu, não queria na vida, mais uma decepção
daquelas que a sorte sempre lhe trazia.
Voltou, sem querer saber a surpresa que o destino lhe reservou,
os seus olhos se encheram de lágrimas, que não era de felicidade.
Olhou outra vez para a flor, entendeu o quanto ela era triste.
Os seus sonhos em realidade, jamais se transformou.