Caminho estreito
Estive numa rua imperfeita, sem saída,
girava nela o tempo todo.
Ceguei, não podia ver o seu fim.
Íngremes caminhos, passei.
Pensamento insistente, que me tirava o sono,
era um canto feio da minha alma,
cujo nome eu desconheço.
Parecia saudade, que quis fazer ninho.
Sem tempo ou paciência...
Fui tentando dela me livrar,
a saudade é assim, suga a alma, tira você do rumo,
parece delírio do qual você tenta,
sem conseguir escapar.
Saudade, caminho estreito, escuro,
assustador, esquisito, você pensa que ileso
vai passar, mas, não,
ela se agarra em seu coração, em suas entranhas,
não deixa você respirar.
Andei por um lugar assim ...hoje, não,
à ela eu dei adeus, decidi qual o meu destino.
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Liduina do Nascimento