Doce ilusãoSer, mesmo, às vezes leva um tempo,
na descoberta, fujo, me reinvento,
voo nas folhas, nas nuvens sou fogo,
desço, agora sou o vento.
Penso que não fui, não vou, nem quero ficar.
Hoje eu não estou,
nem a doce ilusão me faz voltar.
Vivo vagando pela cidade, sem querer,
aconteça o que acontecer, eu sou a felicidade
de viver esse sonho sem querer acordar.
Os pingos da neblina nos vidros,
dá vontade de contar os pontos prateados,
bordados pelo sol que volta à brilhar.
Em silêncio, a inquietude confunde a minha paz
onde minha alma viaja no imenso céu e seu poder
de mostrar o quão ínfima sou, desejo coisas.
Vejo carros, árvores, flores, pessoas,
os dias não são iguais, pensar dá muito trabalho,
preciso descansar, daqui não voo mais.
O cantos dos pássaros, direcionam os ventos
para as ondas do mar.
Molho os meus pés, a areia macia,
vejo conchas, pedras, muitas, muitas,
jogadas, hoje eu não quero ser, restos de mar,
na areia, largada.