Acordei com a sensação de que tudo ao meu redor
estava parado, a água do chuveiro parecia não limpar,
a roupa não me caia bem, sair em busca do que,
num infinito que não quer chegar.
Foi quando percebi estar viva.
Obrigada meu Deus por estar aqui.
E voltou a rotação normal,
bastou acreditar na possibilidade de mudança.
Caminhei campo à fora, me perguntando porque razão,
antes eu não me dava tanta importância,
porque eu não sentia o pulsar da vida,
não enxergava direito as coisas belas e simples,
bem como o roxo, o cor de rosa, o azul
e o amarelo dos ipês, que agora
trazia para dentro de minha alma, tanta emoção,
e uma incompreensível vontade
de continuar fazendo parte daquele cenário real,
onde a velha casa permanecia ali,
como à indagar o porquê da minha volta.