As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
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A liberdade dos pássaros



 


 
Procurou uma distração
para esquecer
o cansaço do dia, andou por horas
pela casa. 
Em suas mãos, parecendo grudada,
em preto e branco, a mesma fotografia.
De repente
surgiu  um desejo pelas cores, uma vontade
de viver coisas diferentes
para arrancar do peito, tanta melancolia.
Olhou para cima, àquele céu
de invisíveis caminhos.
A alma ansiava por liberdade,
reprimido coração, preso feito um passarinho
que em seu cativeiro, chorava.

Fugir seria só um sonho, jamais iria partir.
A si mesmo perguntava, se findaria num lugar,
onde aquela ausência não o sufocava,
queria deixar suas memórias largadas pelas estradas,

Olhou para o céu mais uma vez
comovido pela  liberdade dos pássaros, 
que o convidavam à sair cantando,
de olhos fechados.
Desejou viver distante dos seus pesadelos,
procurou sentir-se vivo,
sem qualquer sinal de perigo.
Prudente, estava certo, cada vez mais iria afastar-se,
em busca de um novo abrigo.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 06/11/2019
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