Palavras... Mundo de ilusões, algumas perdidas.
Liduina do Nascimento
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Hora de poesia





Um sorriso aqui, à frente um rosto fechado,
ao meu lado caminhando
sem rumo, um homem silenciado
de olhar  aparente fixo no horizonte,
acrescentando à sua imagem,
a notável indiferença... ficava ali
parado.


Ao contrário do meu olhar inquieto,
sentado esperando o nada, um poeta 
escrevia...


todavia em sua constante tristeza,
acenava pedindo algo, e mais nada dizia,
era o mesmo homem silencioso,
que em nada a ninguém atraía.


O garçom
daquela cafeteria, achava
que o conhecia.


Somos sempre mais de um,
somos dezenas, centenas de pessoas,
às vezes não somos ' nenhum.


Era a minha vez de correr para o fim de tarde,
a vontade de crepúsculo 
fielmente chegava,
embora do meu amor distante vivesse,
imaginava-me com ele nos lugares,
e eu ia...

 

sem que os conhecesse,
sem me importar se o céu estava bonito
ou causando apatia.


É que todas as cores da vida
reporta a minha alma para um
Infinito.


Não me chama a atenção
os seres e suas estranheza,
ininterrupto à minha rotina,
todas às dezessete horas quando vinha
um jeito de sol, era hora de correr,
hora de escrever poesia...


escrever as angústias do mundo e das almas
disfarçadas de amor, e de alegria
e absorver do mundo o seu instante,
a beleza de cada sol, ou a falta dele.


A alma de poeta não vai embora, da noite para o dia,
é uma alma que vive no deserto 
e se alimenta dum amor que traz agonia.


 

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 28/06/2020
Alterado em 15/04/2025
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