As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos
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Esperança   derradeira



Cada rosto  é estranho
cada rua um deserto.

Distante deste espaço me sinto.
O meu mundo não está aqui.

Além da rua cruzam alguns sonhos,
a primeira esquina é o limite.

A culpa é da rua que não diz
onde quero chegar, mas ela sabe.

Nas pálpebras a visão entrecortada.

Um véu branco cai sobre a minha
cabeça, cubro o meu rosto.

Não, não é desgosto ... É a certeza
do que não terei.

Adormece a esperança derradeira
ante a fantasia ...

Escrevo ouvindo a rua, que está 
estranhamente silenciosa
ninguém passa, alcancei a paz.

Nem um sinal de vida.

Sinto vontade de tudo,
iludida com o nada, a vida aos poucos
está me levando
para onde? Não, não quero chegar.



Liduina do Nascimento


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Enviado por Liduina do Nascimento em 16/11/2020
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