As palavras no meu mundo de ilusões perdidas
Liduina do Nascimento
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Dia  ensolarado



Nenhuma nuvem, há muito tempo não via
um céu assim, parece até a minha alma,
nela nenhum rastro de mim, restou. Preciso
ver o mar, correr riscos, caminhar à beira-mar,
ruas floridas, ipês e orquídeas, minha cidade
linda e querida.

Tornei-me alguém que nunca imaginei ser,
uma estranha, se me vejo diante do espelho:
Esta não sou eu, não pela aparência física,
essa ainda está lá, com isso nunca fui dada
à me importar, estou dizendo daquela
outra que a vida cuidou em transformar
para melhor certamente.

Apontam essa minha nova alma por onde ela
venha à passar _ Àquela mulher esquisita,
fechada, cheia das suas próprias verdades...
Não discordo, mas a vida é só uma se nela
nao corrermos satisfeitos com o que fizemos
de nós, é melhor calar os sentidos e a voz.

Reservada, seletiva, sincera, faço somente
o que primeiro me agrada, já me doei demais
é chegada a hora de seguir minha própria
estrada, confesso com ou sem poesia que
essa sou eu que amo a minha companhia.

Num instante morro, peço urgente socorro,
noutro mudo totalmente, sou rara semente.
Viva, cheia de alegria! Faço tudo que gosto.
Amo a vida em prosa, declamando  poesia,
meu momento nostalgia vai embora com as
estrelas que num ímpeto apaguei.






Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 13/12/2020
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