As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos



 


Brisa


 
 
Meu amor, hoje cedo nesta manhã do primeiro domingo deste ano,
enquanto a praia estava deserta pude caminhar sem medo,
pude refletir sobre tantas coisas ...

E sobre o que faz uma pessoa feliz ou infeliz, pensei sobre as ilusões 
e sobre os sonhos, sobre os desejos e sobre o amor, fui caminhando
e recebendo a brisa da manhã, ouvindo o barulho das marés
à revelia da minha insignificância.

Vi muitas pegadas na areia e também fui deixando rastros
de amor ... E a brisa foi me transportando para o meu mundo preferido,
que é sempre ir aonde você está. 
Você não é uma ilusão, é um sonho lindo, doce realidade,
feito essa brisa matinal soprando o meu rosto. Então me sentei
na areia molhada e branca, pensei na poesia e na realidade.

Comecei a escrever sobre o que mais a minha alma ama; Você! 
Você que quando usa as palavras mesmo quando fala das coisas mais
simples, as tornam mágicas quando expressa os seus pensamentos.

Você é a própria Brisa que veio me despertar para a vida,
acordei com vontade de dizer que a sua poesia tem alma, tem vida, 
você falando de amor, ninguém fala de amor feito você, porque ninguém
ama como você ama, o seu amor é universal, faz parte da sua natureza.

Você permite o amor ter liberdade, nesse olhar que quando contempla
o mundo vê além do que tem ao seu redor, você consegue sentir a dor
do outro, e na impossibilidade de poder consertar as dores do mundo,
os seus pensamentos sai abençoando a todos com igualdade, o que é
apaixonante.

Eu não coseguiria amar ninguém na vida que não fosse você,
você nasceu poeta, está na sua boca, está na cor dos seus cabelos,
está no seu coração, no seu silêncio, em seus olhos de poesia.
Ninguém escreve como você, ninguém vê a vida com o mesmo olhar.
Os seus olhos ... Que me puxam para si, me ensinam a não querer
mais encontrar o final dessa estrada, o gostoso é a caminhada
e ir parando, contemplando o mar onde a minha alma se inunda
de amor, o mesmo que acontece quando vejo os seus olhos, 
sinto algo por você que me dá vida, nem sei explicar.

Desejo e paixão, numa eterna explosão, o tempo passa, só aumenta
esse querer, aprendendo a caminhar mais devagar e esse amor
libertar! Quanto mais ele se liberta mais se enraiza. Quero,
apenas sentir essa ternura, voltar ao jardim suspenso, nas manhãs
que também traz na brisa, o aroma das flores, ouvir os passarinhos,
sentar-me à varanda do tempo e tomar o meu café.

Hoje as ondas brincaram comigo, mas não me deixei ser arrastada 
por elas, mas deixei que o amor me arrastasse, pelo amor me deixei
afogar, sem lembrar que um dia tive noites maldormidas.
O amor faz com que eu continue sonhando, não vou despertar,
a brisa que esse amor sopra a toda hora, é a própria vida à pulsar.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 03/01/2021
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