As palavras no meu mundo de ilusões perdidas
Liduina do Nascimento
Capa Meu Diário Textos Fotos Perfil Prêmios
Textos









Vem






Noite silenciosa, convite para um sono.
Os pincéis da imaginação querem descansar
a vida real é adulta.

Sobre a mesa um vaso transparente,
deixando envergonhado o caule do girassol
deslocado... Ali não é o seu lugar.
Queria juntar-se aos outros lá fora.

A vida não quer enfeite, avança,
desmotivando as fantasias, insisto em discordar.

Feito a folha que não larga do galho, não pensa 
nem quer o outono...
Folha de inverno, resiste aos ventos.
Também os dedos resistem aos pensamentos,
não deixam as letras escapar.
Como descrever, quando a alma não quer falar.

Banhados pela brisa da noite, exalando seu cheiro;
Os bugaris embaixo do velho coqueiro
envergando, sobe e desce,
acostumado com as tempestades,
vai se embalando no arranhar  das palhas secas
num movimento preguiçoso, contínuo à janela.
Não tira o sono de quem vai se entregar.

                                                  Um pouco mais...

Lança um olhar penoso direto ao girassol,
sobre a toalha branca, pobrezinho, desolado,
queria sol do amanhã, lhe foi negado.

Enquanto o tempo
brinca com a alma que em silêncio
desenha dentro de si, o jeito amoroso, desejando
para com alguém sonhar, ao contrário
daquele triste girassol, o seu pedido não será
negado. Ele sempre vem, no sonho, na realidade
também.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 13/01/2021
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.