As estações da alma.
A alma voa, deixando por onde passa... os seus rastros em forma de poesia.
Textos




              Proibido 





Já não sinto saudade de quando fui ousada, gosto da mulher que me tornei ... Não sou omissa, quando sei que a causa pede a minha fala ou até o meu grito, reajo, se for extremo, mas já enfrentei tantas coisas nessa vida, que busco mesmo é a calmaria, procuro sempre saber onde estou pisando, não sou de discutir os fatos polêmicos para os quais não tenho a solução, fujo disso, não sou a espada do mundo, aprendi com a vida, parto do princípio que caí de pára-quedas nesse tempo onde quase nada do que sonho, por aqui me identifico, o mundo das minhas fantasias é muito mais bonito. Não sou de falar quando é preciso em silêncio seguir somente, saio muitas vezes sem sequer olhar ou me fazer entender. As atitudes vão dizer da sua dignidade ou não, mas a falta dela não vale uma condenação, desde quando existe a palavra perdão. Há tanta dor na humanidade, tantas mágoas nos corações, e outros tão cheios de verdades, difícil de combater, o melhor mesmo é esquecer, e quantas palavras frias ferindo inocentes, repito; tantos juízes, tantos jurados, anulando as testemunhas, sem lembrar que a dor não é uma impressão, cada um sabe de si, que ainda podemos em silêncio escutar a voz da razão e encolhermos os nossos dedos que tanto apontam. O meu confessionário é sempre o mar, sentada diante dele, enfiando os meus pés na areia, me revigoro, eu não sei dos outros, mas posso sentir que a minha vida vale muito a pena cada ano, cada mês, cada dia, cada hora, cada riso, cada lágrima, cada sonho infinito tanto quanto os incontáveis grãos de areia. Para mim, a única coisa proibida mesmo, é deixar de sonhar, deixar de amar, amar sem pensar no amanhã, sem me preocupar se o sonho se realizará, afinal qual o sentido dessa vida se você não aprender as lições? Sentir a alegria de viver, buscar as coisas simples, não é tolice, é um degrau à mais para a plenitude e cada um sabe como definir a sua incompletude.


Liduina do Nascimento


Enviado por Liduina do Nascimento em 23/01/2021
Alterado em 24/01/2021
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