Outro dia eu tive um sonho, era um lindo sonho, que sobre pedras, sob o sol, fugindo do deserto, fui o mesmo sonho que a ventania levou, na poeira com ele fui levada... com olhos fechados, por aí me perdi, insistente, interrogando o tempo - para onde eu voo? Quando sei que aquele sonho não era meu... quanto ao tempo, nem respondeu, sequer sabe quem eu sou.
Desperta!
Hoje mais pareço um espanto... para acalmar um antigo pranto, abro as portas que dá para a rua, sem medo, saio pela madrugada, sem hora para voltar, castigada pela vida, serei esse pouco do nada, pela fiel desilusão fui tragada, aceito sem reclamar, sou viajante sem rumo, não vou nem posso ficar.