No agradecer pelas lutas e conquistas, nesse "Nada se leva daqui" satisfazer-se, sem deixar ir embora uma infância feliz, de sonhos. Resgatar a criança feliz por entre as flores do cerrado ou dos quintais, a que tomou banho de chuva, correu, caiu, chorou, enquanto aos poucos, muito dos sonhos realizou, essa mesma criança, que continua à encantar-se intensamente pelas flores silvestres, anônimas, e pelos pássaros livres, ariscos, escondidos no meio dos matos.
Fugi... para um lugar onde o café é mais gostoso, onde o dia cinza é brilhante, lugar onde o sol quando se põe sem deixar saudade, e não traz a noite pela metade, fazendo bater mais apressado o coração, onde a vida beija as horas sem pressa, delas se apropria, gosto quando a vida dá essa piscada de olho e pede para eu seguir adiante, sem temer, a gente às vezes se distancia do que é simples e que cura... gosto, gosto muito do jeito que você voa e puxa o meu olhar para o mundo.
Gosto quando você me desperta para o novo, dos simples detalhes ao nosso redor, quando arranca de mim, paisagens esquecidas, ressalta os meus girassóis, também seus. Gosto quando me aponta o mato molhado, e o brilho do sol nas gotas d'água, pregadas nas folhas. Gosto das minhas e das suas escolhas.
Gosto, quando me pede pra eu sentir o vento gostoso, e para eu me reportar ao instante precioso em que estamos, e pede para que eu nunca me sinta só, antes sentir a paz do silêncio, que é aonde repousa minha alma quando foge, lembrando dos nossos risos. E dum amor mais que infinito, sem qualquer engano.