Sem fantasias
O que restou, a certeza dum engano.
E quando de presente, vem a lua
traz um tolo sentido, a minha noite...
aos poucos chega a melancolia
e me faz companhia. O brilho da lua,
através da fresta, reluz a noite sem cor.
A saudade clareia a minha alma,
não procuro mais a alegria que era minha.
Sobre o teto, o ranger dos galhos,
as aves silenciam... acomodados estão
os meus pensamentos, não quero
mais alimentar algumas fantasias,
todos os meus sonhos, foram enganos,
o que não me abandona, irritante,
incessante... é o canto do grilo.
Liduina do Nascimento