Dos sonhos, quase nada, ou mesmo nada entendo, nem sempre são desejos secretos se expressando, fazendo realizar ao dormirmos, sonhamos tantas coisas inimagináveis, que ao despertar eu me ponho pensando; como é que a imaginação vai tão além do nosso entendimento? A minha alma de férias, não quer descansar, voa!
Tenho sonhado demais nesses últimos tempos, tem sonho que é intenso demais, deixa saudade... tenho fugido de emoções, quero só ir vivendo... e tenho escutado muito pouco músicas que me tocam muito, algumas ainda ouço, escolhidas com detalhes, principalmente àquelas que nada me faz lembrar qualquer fase, e que não me faça sofrer, tenho evitado chorar, procuro não pensar muito, acho que já chorei demais, já sofri o bastante.
O que quero agora é exatamente absorver só o momento e o espaço dos caminhos na vida real, por onde eu mesma procuro passar, seja lugares, coisas, e pessoas que não me possa amar. Para ser só, que eu seja quem escolhe onde a minha alma quer sossegar. E sem que eu queira, sonho pessoas, lugares diferentes, longas histórias em meus sonhos, acordo antes de assistir o fim, inconsciente quero voltar.
Não devo me importar demais com os sonhos, mas sim com o hoje, focar na serenidade que procuro sentir, está dando certo, resta continuar assim, querendo o pouco da vida, mas que me traga a paz que preciso, no sossego do meu lar, respirando coisas que me faça querer a vida, sem me preocupar com o que aos poucos desisti de sonhar, que seja doce a minha solitude, temperada de um toque de poesia dentro da minha realidade.
Hoje eu amanheci mais leve que uma pluma que se desprende e vai. Aqui tomando o meu café numa calmaria que dá gosto, sem desejar muito, sem querer ir longe, apenas sentada... sou cria, de fundo de quintal, ouvindo os passarinhos, não sei bem o que eles querem dizer, mas com atenção e dedicação, os ouço. Talvez estejam cantando para mim, que pretensão, não importa, que sejam cantos de amor, o mesmo que sinto, sem ter o fim.