De que adianta
Poderia escrever sobre tudo, mas nada, nada contaria das minhas saudades, sou mais estradas deixadas para trás, do que as que ainda me restam ou as consiga alcançar... a essas saudades eu me entrego, como fugir, e ao passado não posso voltar. Aqui nesse lugar chamado futuro, aonde sozinha cheguei, de mim, não sei, se todos aos poucos foram partindo, outros seus caminhos seguiram, e eu não pude ir... Tem dias que acho a vida esplêndida, frações de segundos, por outras dela me despeço, sem partir. E vou, por vezes no sono eu me refugio, de que adianta os sonhos, se eles vão me traindo, volta tudo, quando acordo, não tem mais ninguém, a minha voz seca, a fala se cala, da saudade não consigo me libertar. Não é uma saudade apenas, são milhões delas, cada uma com a sua cor diferente, só eu as sinto, as silencio todas, não adianta contar.