As palavras no meu mundo de ilusões perdidas
Liduina do Nascimento
Capa Meu Diário Textos Fotos Perfil Prêmios
Textos

 

 

 

 

Pluma perdida

 

 

 

Nada para fazer lembrar, mas que fosse intenso 

os ventos sem emoções, e as noites  sem ilusões. 

Espelho quebrado... mas sem marcas de tempo, 

sem as sombras dos vãos, sem rastro de chuva, 

sem falas ou brigas... sem alma a entristecida. 

 

Coisas desperdiçadas, desejadas, bonitas, ou feias, 

largadas, sem o alarde gritante do sono aturdido. 

Sem a inocência, que habita na solidão antiga. 

Sem esse desejo de amar, esse que veio antes que

eu existisse. 

 

Que o amor permanecesse, sem que o ignorasse, 

ou que sentindo tanto! Não tanto eu o sentisse. 

Sem que me perdesse fitando estrelas pelos céus... 

O céu da minha imaginação, e incondicionalmente 

o amor só de fantasia que em mim restasse, desse 

um tanto segurança a minha alegria.

 

Que minha mão apontasse um sossegado destino, 

e que os meus passos e os meus pensamentos, 

fossem sem tanta alma e tantos sentimentos, 

que se fosse para ser um abandono, que fosse eu 

a abandonada no calor das noites quentes...

 

assim a vida feito pluma perdida, me carregasse. 

Que o tempo desse as suas voltas, e tão igual 

ele não me encontrasse, que o doce céu de estrelas, 

de um insano amor me protegesse, quando sem gosto 

de sal das lágrimas que por ti, em vão derramei

ainda derramo, restasse a certeza de que amar 

foi o meu único desengano.

 

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 29/08/2024
Alterado em 06/09/2024
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.