Mundo de Ilusão e palavras
Liduina do Nascimento
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Textos

 

 

Apelo

 

 

Posso enxergar você deitado no chão ao relento,
dormindo num surrado papelão...
Depois vou para casa, com minha alma ferida,
dói sabê-lo sem um cobertor, e tão desvalido.


Um desconhecido, precisando de um sorriso,
de braços para abraçar, mãos  vazias,
sem uma palavra levantando o seu triste olhar.


Feito flor jogada ao vento, despetalada...

 

Ah a vida e suas adversidades...
No peito um coração
que se compadece pela humanidade.

 

E passo os meus dias assim, durante o ano inteiro,
não importa se estamos em dezembro,
É Natal!... Julho, agosto, março ou fevereiro. 


Para a falta de esperança ou de consolo;
Todo gesto de amor, é motivação para aliviar o choro.

Não posso matar a sua fome, ou dar um teto.

 

A sua fome não é por um alimento, um vestir,

a sua alma está sem rumo, a sua tristeza é muito

mais do que um apelo, é quase um desistir!


Posso dar um sorriso, uma palavra de conforto,

fazer uma oração, protestar a seu favor,
olhar dentro dos seus olhos e lançar um olhar

de humanidade e de afeto, pouco gesto de amor.
 

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 28/11/2024
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