Apressado
Ele, tão pequenininho, mas de um colorido
ao sol! Furtava a cor, e sem sossego.. ia ia,
depois voltava e ia... com o encantamento,
que não posso descrever, um olhar seguia
cada voo trazendo à alma, imensa alegria.
Liduina do Nascimento
Flozô
O que eu chamo de meu, não possuo, o existir, não depende das vontades. Enviamos os pensamentos, enquanto nós mesmos não iremos chegar. Tive muito tempo, e quanto mais vida desperdiçada tive, corro através de um túnel cujo final tão cedo não desejo alcançar. Tudo é efemeridade.
E nessa peleja sem saber se é delírio, tempo ou vida, tem algo que quando triste, sigo a chamar. E aquilo que chamo de meu, ali, minha alma estacionei, num destino sem freios que insiste em me expulsar. Quero o tempo, quero a vida para poder respirar as horas, sem compromisso, de flozô... sem um lugar ao certo para chegar.
O que você chama de seu, eu por mim, chamo de sonho... O que você chama de tempo, eu digo que é a própria vida! Assim, eu busco ser mais livre, para só ser, livre livre! Para ir e depois, quando quiser, voltar sem lamentar.