Alma campestre
Fecho os meus olhos... sinto um afago, sinto, sinto.
Por dentro cresce uma calmaria, que o amor causou
e que em mim para sempre ficou, o afago do tempo.
Tempo que lhe trouxe, e da minha alma, você cuidou.
Era de longe, tão longe quase nem podia lhe ouvir.
Ela sentiu, e com magia a sua alma, ela escutou ...
Juntas elas foram rumo ao universo, num sonho que
nem sabia que havia em mim, mas você despertou.
Depois que descobri o mundo através das suas asas,
através dos seus olhos de amor, com a sua lâmpada
mágica de poesia e de simplicidade, este meu mundo
foi aos poucos se transformando, ganhando cores...
Hoje, minha alma campestre não tem, mas sente amor.
Corro os prados, toco os focos de nuvens, admirando
o branco mais branco e nem sinto o calor ao sol, quando
o meu olhar se perde no branco espalhado por entre
todo o verde, contrasta a leveza de cada pé de algodão.
Como é bom sentirmos a própria vida, com esta paixão.
Minha alma campestre, corre descalça, abre os braços,
sente a brisa da manhã, e em cada flor silvestre, tanto
quanto em sua alma, sente que o sonho aflora, basta
perceber que é só de alegria, que esta alma hoje chora.