Mundo de palavras e ilusão
Liduina do Nascimento
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Um Juiz

 

 

O futuro nublado do qual falava não era o seu,

só um sonho num tempo fechado, pensamentos

que não descansavam, parecendo tempestade.

 

O relógio sedento, penetrante pendurado, desses

feito o dono da parede, ficando lá, grudado.

Julgando o que a gente faz com a gente.

Que tolos ponteiros estes... estamos apressados

eles demoram a passar... tão maçante, e tanto!

 

Na longa espera, faz toda a vontade passar.

Quando queremos que ele atrase, ele corre feito

o vento sem que o possamos fazer parar!?

Pois que as nossas voltas ao sol, não sejam em vão.

 

A máquina que aflige, formata o tempo, e nos faz

pela vida, atentos passar. Olhar fixo na parede, pensa.

E o relógio, estático. Os ponteiros, esses não, justos

como um juiz que dá a sentença, sem um perdão.

 

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 25/02/2025
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