Somos fases, metades de luas sem brilho, ciclos, frases esquecidas, ilusões pisadas... e dos trens da vida... somos os trilhos, com afinco presos jogados nos caminhos do tempo.
Ao contrário do que aguardam os amanhãs, somos impossibilidades, alguns dos nossos sonhos roubados e não vividos com vontade... Somos vozes abafadas, sou uma alma carregada de tédio e de saudade.
Sem esperanças continua a viagem através do tempo que impiedosamente nos fala, vamos cientes que alguns erros em nossas vidas, sim, foi preciso... passamos por tudo exatamente como tinha que ser.
O destino conhece todos nós, deixa derramar cada lágrima que cai dos nossos olhos, e quando se fala no amor, ele nos joga ao relento, perdidos e sem ter muito, ou um resto de juízo.
Sem querermos ouvir a nossa voz, no por enquanto... vivemos na espera, quem ainda nos responde é o vento... O certo é que para cada lua, existe alguém que por ela se encanta, e outros buscam resposta, e caminham sedentos sem revelar a dor, dentro da alma, lá onde ela se esconde.
Silenciosamente de cena saímos, com um carinho tosco guardamos o nosso desejo num deserto, nos recostamos à janela de onde podemos ouvir sozinhos da alma os rumores, que triste e magoada, cala e nunca de fato nos responde, mas nos segue em nossas estradas.