Movimento, nas folhas, nas nuvens, nos voos, são os ventos sacudindo a poeira da alma, é a vida, enquanto eu me perco nas minhas próprias linhas, minha poesia é feita de solidão e de sonhos, alguns perdidos, é a criação do que imagino... vivo num mundo silenciado e por mais que eu possa gritar não serei ouvida.
O que eu queria mesmo era sentir a minha alma sorrindo com gosto, e tenho que seguir, mesmo sem graça e comovida, tenho que voar feito a ave no céu com seu instinto de sobreviver, ciente de que a solidão é cura que eu preciso ter, confesso que eu também só sobrevivo na lembrança de um amor que no tempo ficou esquecido.
Tem laços que não são reais, como pode de um laço inexistente nascer um amor? Nesse nada que invadiu e tudo que está por dentro aqui, ressaltou? E tão dentro de mim, existe uma estrada tão larga! Que comprime o que há de emoção... tira o fôlego e que me obriga a voar num infinito sem cor, caminhando ao aterrissar para o antigo mundo de ilusão sem o seu amor.