Permita-se
Quando eu for embora de vez, daqui,
o que farão aqueles velhos sonhos!?
Que foi preciso que eu os esquecesse.
ou aqueles que nem ousei sonhar,
e ficarão para sempre presos, pois
há um infindo silencio dentro de mim.
Tantos planos adormeci por medo,
tantos caminhos que não pude trilhar.
Sei que o tempo perdoa os desejos
que guardamos, em segredos.
Às vezes sofro mais pelo que deixei
de viver... então hoje, antes que o dia
diga adeus, vou me permitir sonhar,
e mesmo realizar um pequeno delírio:
Vou amar um tanto leve, prometendo
colocar em prática minhas loucuras...
Sem importar-me com julgamentos.
Porque talvez _ penso que só talvez,
do outro lado, sim, para onde eu vou,
aceite quem ousou, mas muito viveu,
deixarei mais que rastros nos ventos.